domingo, 1 de novembro de 2009

Prefeitura de Mossoró pede juridicamente a saída da CAERN da cidade

Depois da queda, o coice. Além de um final de governo com tantos problemas, por mais esse a governadora Wilma de Faria não esperava. A Prefeitura de Mossoró encaminhou hoje ao escritório da CAERN uma notificação jurídica de um processo administrativo aberto pela prefeitura solicitando que a CAERN deixe de operar no município. O órgão estadual terá apenas 10 dias para manifestar opinião, mas a prefeitura já bateu o martelo e não quer mais a CAERN em Mossoró.

A notificação será publicada amanhá no Diário Oficial de Mossoró e no sábado no Diário do Estado.

A prefeitura de Mossoró alega apenas problemas técnicos para tal decisão. Na cidade falta água todos os dias e em quase todos os bairros. E hoje o problema deixou de ser uma questão gerencial e virou um grave problema de arrecadação para os cofres públicos. Isso porque um grupo de empresários foi ao gabinete da prefeita Fafá Rosado e mostrou um relarório com as perdas financeiras devido ao problema da falta d´água na região industrial de Mossoró.

Após essa apresentação numérica feita pelos empresários, a Prefeitura de Mossoró contratou a Fundação Getúlio Vargas para fazer um estudo técnico dos serviços oferecidos pela CAERN ao município. O resultado foi desastroso e, segundo a FGV, sem solução. Vejam alguns exemplos detectados pela Fundação: A CAERN não acompanha o desenvolvimento da cidade, tanto na área de expansão quanto no volume d´água que o parque industrial necessita. O atendimento ao cliente é da pior qualidade. Há em toda a cidade uma grande quantidade de ligações clandestinas, os famosos gatos. A companhia atende apenas 65% de toda a cidade. E o pior, segundo a FGV, é que a adutora Jerônimo Rosado, que fica no município de Assu e atende quase toda a região oeste do Estado, desperdiça 50% do seu volume d´água, da sua fonte até o consumidor, sendo um grande prejuízo financeiro ao Estado e aos municípios que usam a adutora.

Resultado: a prefeitura de Mossoró pede soluções à CAERN sabendo que são impossíveis de ser apresentados; e para substitui-la já tem na agulha uma nova empresa para atender ao município. O gerenciamento de água é de controle municipal que tem como fornecedora a CAERN para prestar tais serviços. Se a prefeitura não é bem atendida pelo seu fornecedor, ela tem todos os direitos legais para cancelar o contrato e optar por outra fornecedora.

Fonte : http://www.arquivosa.com.br em 29 de Outubro.

Nenhum comentário: